Caminhoneiro, você sabe como utilizar corretamente o bloqueio de eixo?

A implantação de novas tecnologias no segmento de transportes rodoviários de cargas tem sido constante. É o caso, por exemplo, do bloqueio de eixo, um recurso tem como objetivo facilitar a vida do motorista diante de situações extremas, quando o veículo não tem muita aderência ao solo.

Porém, mesmo que o bloqueio de eixo seja bastante conhecido por motoristas de caminhão, sua funcionalidade não é muito bem compreendida.

Sabendo disso, nesse artigo vamos mostrar mais detalhes sobre o que é, como funciona esse recurso. E o mais importante, quais cuidados se deve ter ao utilizar o bloqueio de eixo. Confira!

O que é e para que serve o bloqueio de eixo?

O bloqueio de eixo funciona associado a um sistema chamado de diferencial. Esse sistema é um mecanismo de engrenagens que tem como objetivo tracionar o veículo. E, assim, permitir que os eixos possam girar em velocidades diferentes.

O sistema diferencial tem sua importância para o caminhão, sobretudo em curvas ou manobras fechadas, por exemplo. Mas ele pode causar um dos problemas mais comuns: o giro em falso da roda devido à falta de aderência. Isso geralmente acontece quando se concentra toda força do motor no eixo que está com menos carga.

Então é nesse ponto que entra o bloqueio de eixo. Quando se aciona este recurso, a força do motor é distribuída de maneira igual nas rodas. E isso permite que o veículo saia de um atoleiro, por exemplo, ou de situações extremas em que apenas um dos eixos de tração toque o solo.

Existem dois tipos de bloqueios:

  • Bloqueio transversal – presente nos caminhões de tração simples e feito na caixa satélite do diferencial, ele trava o eixo esquerdo e o direito na mesma posição e faz com que girem juntos.
  • Bloqueio longitudinal – presente nos caminhões “traçados” e feito na caixa estabilizadora, ele permite que o conjunto de rodas de ambos os lados seja travado independentemente evitando que as rodas de eixos diferentes patinem.

Cuidados ao utilizar o bloqueio de eixo

O bloqueio de eixo é um recurso essencial para caminhões que transportam cargas pesadas se livrarem de várias situações extremas. No entanto, para usar este recurso corretamente é preciso adotar alguns cuidados básicos:

Não utilize o bloqueio de eixo em curvas

O bloqueio anula a função do diferencial de eliminar a diferença de velocidade de giro das rodas em manobras e curvas. Então, ao fazer isso, você pode causar avarias no eixo e nas engrenagens, além de causar acidentes. Portanto, evite usar o bloqueio de eixo nas curvas.

Não utilize o sistema em situações normais

O bloqueio de eixo foi criado para uso apenas diante de situações extremas. Acionar este recurso em situações normais vai só desgastar os componentes do caminhão, então evite.

Só acione o bloqueio com o caminhão parado

Essa é uma medida importante já que o bloqueio de eixo precisa travar o diferencial e fazer com que as rodas parem e voltem a girar de forma igual, com o veículo em movimento isso pode ocorrer de forma errada e brusca causando danos.

Não ande em alta velocidade com o sistema ativo

Com o bloqueio acionado é preciso conduzir o caminhão em baixa velocidade. Isso evitará trancos e descompassos com seu veículo. Alguns modelos não permitem ao condutor chegar nem a 10 km/h.

Procure adotar os cuidados acima, e perceba como aplicar o bloqueio de eixo corretamente pode fazer toda diferença em sua rotina nas estradas!

Conheça as principais vantagens do quarto eixo no transporte rodoviário de carga

O modelo com o quarto eixo no transporte rodoviário trouxe vários benefícios em relação ao deslocamento de cargas pesadas. Quando usado da forma correta, esse modelo permite transportar pesos de até 58,5 toneladas. Isso com total segurança e sem custos adicionais.

Mas, quando se fala em quarto eixo no transporte rodoviário também é importante considerar alguns cuidados e ressalvas. Sobretudo em alguns ramos do transporte, visto que tal aplicação pode gerar alguns problemas.

Acompanhe esse artigo e entenda melhor como funciona o quarto eixo no transporte rodoviário. E que ressalvas e vantagens o sistema tem para assim fazer sua viagem de forma segura ao aderir a esse modelo. Confira!

O que é o quarto eixo no transporte rodoviário e como funciona?

O quarto eixo é uma forma de deslocamento que facilita e traz alguns benefícios a caminhoneiros e donos de frotas. Nesse modelo o transporte do Peso Bruto Total Combinado (PBCT) é de 58,5 toneladas. E para que ele seja feito em segurança usa-se o conjunto de dois veículos, o caminhão/trator e o semirreboque com tração de 6×2.

O eixo inicial opera de forma auto direcional evitando o arraste lateral e, consequentemente, o rápido desgaste dos pneus. Esta é uma grande vantagem desse sistema, afinal, quando a manobra ocorre em um raio longo, tanto a área de varredura, quanto o arraste lateral dos pneus não são afetados.

No entanto, considerando um raio mais curto como pátios ou equinas urbanas, o mesmo sistema de quarto eixo já não é tão vantajoso. E é justamente nesse ponto onde é necessário ficar atento.

Nessas situações o eixo inicial fica limitado pelo batente, tendo então uma suspensão de quatro eixos. E que chega a medir quase cinco metros entre um extremo e outro. Esta condição acaba gerando um impacto enorme na operação do conjunto, elevando os riscos de problemas.

Quarto eixo no transporte rodoviário em manobras curtas – Principais problemas

Em manobras curtas é preciso haver uma distância de mais ou menos 2.650 mm do primeiro eixo até o centro de giro de suspensão. E essa distância, quando feita com quatro eixos não direcionais, pode causar alguns problemas, tais como:

  • Desgaste mais acentuado dos pneus, principalmente nos ombros do primeiro eixo.
  • Esforços mais elevados na suspensão.
  • Demandar tração adicional dos pneus do caminhão/trator que terá de arrastá-los de maneira lateral.
  • Esforços laterais elevados nas longarinas do chassi podendo causar danos permanentes (em carretas curtas principalmente).

Para alguns, suspender o eixo possa ser uma opção que solucione a questão de arraste. No entanto, essa não é a decisão mais inteligente. Sobretudo porque fazendo isto você pode criar novos problemas, tais como:

  • Pode causar excesso de peso nos três outros eixos que estão em contato com o piso causando danos na suspensão e nos pneus.
  • Consequências ao pavimento já que o peso com passagem frequente afeta a vida útil das estradas.
  • Tensão elevada no chassi da carreta mesmo em manobras de baixa velocidade podendo deformar a sua estrutura.

Portanto, optar pelo quarto eixo no transporte rodoviário pode ser uma opção vantajosa. Mas para isso, é importante que conheça bem a dinâmica e evite problemas, gastos extras, dores de cabeça e até mesmo acidentes nas estradas!

Caminhoneiro: Você sabe os custos de manter um caminhão parado?

Caminhão parado é sinônimo de prejuízos e quem trabalha com transporte de carga sabe muito bem disso. De multas, a atrasos no itinerário os prejuízos são vários. Mas, você saberia calcular os custos reais que um veículo parado pode causar? Ou então o que fazer para diminuir essas despesas?

Se a resposta for não, então esse artigo é para você! Continue sua leitura e confira a seguir quais são os prejuízos que um caminhoneiro ou dono de frota pode ter ao deixar um caminhão parado.

Principais prejuízos de deixar um caminhão parado

Basicamente, o tempo que um caminhão fica parado se configura em várias despesas para o caminhoneiro ou dono de frota. Entre as principais, podemos citar:

  • Diária do motorista, já que caminhão parado não rende e ainda gera despesas com alimentação e estadia
  • Perda de oportunidade de negócios que se traduz em queda na lucratividade
  • Entrega fora do prazo, pois com o veículo paralisado as chances de não conseguir cumprir ou haver mudanças no itinerário ao longo do percurso são maiores

Além disso, outros prejuízos como aumento de frete, serviços extras e ressarcimentos podem acontecer. E, com isso, acabar de vez com os rendimentos do serviço.

Processo de carga e descarga de mercadoria – O que diz a Lei?

Para caminhoneiros e donos de frotas, o tempo gasto com carga e descarga de mercadoria deve ser o menor possível. Mas, existem contratempos que podem ocorrer e acabar fazendo com que o tempo para o serviço extrapole.

Nesse sentido, a Lei 13103 de 2015 define um prazo limite de até 5 horas para carregar ou descarregar mercadoria. Isso a contar do tempo em que o caminhão chegou ao local. Depois que transcorrer esse tempo, o custo da operação continua contando, ainda que o caminhão esteja parado.

Como se calcula os custos de um caminhão parado

A princípio, o valor que pelo tempo excedido no processo de carga e descarga é cobrado por hora/tonelada. E costuma variar obedecendo reajustes definidos pelo Índice de Preços ao Consumidor.

Sendo assim, para obter um valor estimado, deve-se calcular as despesas do caminhão parado baseando-se em 3 fatores:

  1. Número total de horas de trabalho usando o caminhão dentro de 1 mês
  2. Custo fixo do caminhão, seja com despesas de seguro, combustível ou manutenções
  3. Taxa de remuneração e gestão do serviço definida pelo transportador.

Uma vez que estiver com esses dados em mãos, é só dividir o custo fixo, pelo total de horas de trabalho. Em seguida, você deve pegar o resultado e multiplicar pela taxa de remuneração.

Por exemplo, digamos que seu caminhão fique em operação 300 horas por mês. Além disso, sua taxa de remuneração é de 0.9 e o valor do seu custo fixo seja de R$1800,00. Sendo assim o calculo ficaria:

Custo por hora parada = custo fixo /hora de trabalho x taxa de remuneração

CHP = 1800 /(300 x 0,9)

Custo por hora parada = 6,67

Desse modo, o custo do caminhão parado é de R$6,67 por hora.

O que fazer para reduzir os custos com caminhão parado

Existem várias formas que uma transportadora ou caminhoneiro podem adotar para reduzir os custos com caminhão parado.

Para começar, é importante realizar a manutenção preventiva. Até mesmo para evitar problemas com quebra de peças ou reposições que exijam a paralisação do veículo por um determinado tempo.

Além disso, também é necessário definir em contrato o tempo limite em que a carga e descarga será efetuada.

Tomando os cuidados acima, você evita perder tempo e dinheiro com seu caminhão parado. E, assim, não tem seus rendimentos afetados no final do mês.